sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um paraíso chamado Morro de São Paulo




Com muitas praias de águas claras e vastos coqueirais, a Costa do Dendê no litoral da Bahia é um paraíso para quem gosta de tranquilidade num lugar sem nenhuma poluição. 

Com uma extensa área de praias semi-desertas e uma belíssima natureza intocada, a Costa do Dendê se mantém preservada talvez devido às dificuldades de acesso. Em algumas ilhas só se chega por via aérea ou através de veleiros, lancha rápida e barcos, pois não há acesso por via terrestre. 

Essa é uma região que faz parte da história do descobrimento e da colonização do Brasil, abrangendo as cidades de Valença, Taperoá, Nilo Peçanha, Ituberá, Igrapiúna, Camamu, Península de Maraú e Barra Grande. 

Também abrange o arquipélago Tinharé, que compreende mais de 30 ilhas semi-desabitadas, e as ilhas de Cairu, Boipeba e Morro de São Paulo que possuem melhor infra-estrutura. Durante a Eco-92 essa área foi decretada Área de Proteção Ambiental.






O nome da Costa do Dendê provém das abundantes árvores de dendê existentes na região. Trazido da África para o Brasil na época da escravidão, o dendê tornou-se um ingrediente indispensável na culinária baiana. 






Dizem que as antigas escravas africanas descobriram que podiam realçar o sabor dos pratos com o azeite de dendê, por isso passaram a usá-lo em quase tudo, dando o sabor peculiar à culinária baiana. 






Peixes, camarões e muito tempero compõem a comida baiana. Tudo vem regado com leite de coco, muita pimenta e naturalmente o azeite de dendê. 

Com influência das culturas africana, portuguêsa e indígena, a comida baiana resulta no gosto pelo temperos fortes, cujas receitas chegaram até os dias atuais passando através de gerações. 





Valença 

Valença é uma cidade colonial considerada a porta de entrada para a Costa do Dendê e também onde está a maior infra estrutura da região. 

Nos anos de 1560 essas terras eram povoadas pelos valentes índios Tupiniquins e Aymorés e as marcas da época do descobrimento e colonização do Brasil estão na arquitetura de algumas partes da cidade. 

No Alto do Amparo há uma antiga igreja de onde se tem uma exuberante vista sobre a cidade. Próximo à cidade há belas cachoeiras de água doce e extensas praias. 

Uma delas é a Praia do Guaibim, o point do surfe, mas é a praia mais perigosa da região. Durante a vazante das marés é excelente para o banho de mar, mas na maré cheia tem fortes ondas de repuxo.

A Ponta do Curral é uma praia deserta sendo a continuação de Guaibim. Da ponta da praia tem-se uma bela paisagem da região, mas nesse ponto o mar é perigoso durante a maré alta. 






Morro de São Paulo

Do cais de Valença saem diariamente embarcações para a Ilha de Tinharé e outras ilhas. A Ilha de Tinharé é a maior do arquipélago e onde está a famosa Vila Morro de São Paulo e outros povoados como Garapuá, Gamboa e Galeão. 

Na Vila Morro de São Paulo há requintados restaurantes e resorts, hotéis, pousadas, padarias, lojas, mercados, cyber cafés e uma riquíssima vida noturna. A única coisa que não tem é bancos; há apenas alguns caixas eletrônicos.





Cais do Morro de São Paulo


A maioria dos restaurantes, hotéis, pousadas e comércio aceitam cartão de crédito, porém para divertir com petiscos e bebidas nas barracas e na praia ou comprar artesanato é preciso ter dinheiro em mãos. 

Também por não ter conexão com o continente, não existe acesso para carros. Alguns buggy taxis circulam pela estrada paralela às praias, pelos bairros do Zimbo e Mangaba indo até o vilarejo da Gamboa, só não circulam nas vias principais e nas praias. 






Descoberta em 1531, durante 400 anos a Ilha de Tinharé foi reduto de piratas e ponto de contrabando de mercadorias. Até 1970 era um lugar muito simples, onde viviam apenas pescadores sem telefone e energia elétrica.

A partir de 1970 turistas em seus veleiros começaram a chegar na ilha.  Apesar da rusticidade do lugar, alguns veranistas iam passar férias e até construíram casas. 

Aos poucos foram surgindo mochileiros e hippies que acabaram divulgando a beleza do lugar tornando-o conhecido em todo mundo. Logo surgiram muitos estrangeiros que, fascinados com a ilha, resolveram trocar a sofisticação das metrópoles pela vida pacata na ilha. 

A energia elétrica chegou à ilha em 1985 e assim foram surgindo pousadas e hotéis tornando-se um dos lugares mais procurados no litoral baiano. 






1ª praia: O que não falta em Morro de São Paulo é muita diversão e opções para banhos de mar, praticar surfe, caiaque, mergulhos, passeio a cavalo e caminhadas ecológicas. Hoje as praias da ilha são numeradas, mas originalmente tinham outros nomes. 

A 1ª praia, que antigamente era chamada Prainha, é a praia mais frequentada pelos moradores e surfistas, sendo também preferida pelos mergulhadores. É onde estão muitas casas de veraneio e a maioria dos hotéis e pousadas. 

Alguns turistas preferem a 1ª Praia por estar bem próxima ao Centro. Apesar de não ser extensa, é considerada a praia mais bucólica e onde ocorre a descida da tirolesa. 






2ª praia:  Antes era chamada Poço da Praia, é onde estão concentrados excelentes hoteis e restaurantes, mas também boas pousadas econômicas para mochileiros. É a praia mais agitada, seja durante o dia quanto à noite, onde há prática de esportes na areia e maior fluxo de turistas. 

Durante a noite há muita diversão, sejam nos restaurantes com música ao vivo, quanto nas festas e luaus em diversos locais que acontecem todos os dias e durante todo o ano.  

Realizar festas todos os dias é uma antiga tradição que anima essa praia. Há casas noturnas, bares, shows ao vivo e a noite começa nos bares e barracas de caipifrutas. 

Durante o verão há festas temáticas e luaus com música eletrônica e outros ritmos. O agito só termina ao amanhecer. No bairro Mangaba a festas começam antes das 21h00 com apresentações de capoeira, danças, teatro e música ao vivo. A partir da meia noite a festa rola até o amanhecer.






3ª praia: Antes hamava-se Rio do Pinto. É a praia menos agitada e onde estão hoteis luxuosos e uma pista de pouso de taxi aéreo. Também há pousadas mais simples e restaurantes, mas a praia de areia é estreita e desaparece durante a maré alta. 

Desta praia saem barcos que fazem passeios em volta da Ilha de Tinharé e outras ilhas. Em frente à 3ª Praia existe a Ilhota de Caitá rodeada de corais, que é um lugar ideal para mergulho e passeio de caiaque. Empresas de mergulho oferecem cursos e equipamentos necessários à aventura, além de Jet Sky e Caiaque. 






4ª praia: Era chamada Mangue Queimado e no passado foi um lugar totalmente deserto. É a maior e a praia mais tranquila do Morro de São Paulo, sendo ideal para quem viaja com crianças. Os hoteis de luxo e Eco resorts proporcionam tudo para os hóspedes, inclusive passeios até a 2ª Praia. 

Nessa praia há bons restaurantes e uma pista de pouso para taxi áereo que oferecem transporte para quem vai se hospedar no centro. Da 4ª praia partem cavalgadas com destino a Garapuá e o interior da ilha.

A 5ª praia era chamada Mata ou Karapitangui. É a praia mais isolada e deserta onde estão hotéis de luxo. Os restaurantes são dos próprios hotéis, sendo alguns deles abertos também para o público além dos hóspedes. 


Chamada atualmente de Praia do Encanto, é o local ideal para quem quer descansar. Os hotéis oferecem transporte para quem quiser ir até a 2ª Praia. Durante a noite não há agitação e badalação nessa praia.  





Fortaleza de Tapirandú


O city-tour pelo Morro de São Paulo permite conhecer muitos monumentos como o Portal na entrada ilha, a Fonte Grande, a Fortaleza de Tapirandú, a Igreja Nossa Senhora da Luz, o Casarão e o Farol no alto do morro que são patrimônios históricos que fazem parte da história do descobrimento do Brasil e do período Brasil Colônia. 

Construída em 1630, a Fortaleza do Tapirandu com suas muralhas históricas serviu no passado para defender a região das invasões de piratas, que muitas vezes tentaram saquear os tesouros da igreja. 

Atualmente as pessoas se reúnem na fortaleza para ver o por do sol e também o show dos golfinhos quando eles aparecem por ali.  A pequena Prainha do Forte surge apenas na maré baixa e geralmente é frequentada por moradores. Protegida por arrecifes de corais e por um imenso paredão, quem mergulha nessas águas avista uma bela fauna marinha. 




Casarão pousada

O Casarão, hoje transformado em pousada, é uma das mais antigas construções de Morro de São Paulo. Construído em 1608, o antigo sobrado já hospedou o Imperador D. Pedro II e a Marquesa de Santos quando eles visitaram a ilha em 1859. 





Portal de entrada

A ponte do cais, por onde hoje desembarcam diariamente centenas de pessoas, foi no passado um pequeno pier de madeira. O Portal de entrada é um dos mais antigos cartões postais do Morro de São Paulo. 

No passado era a entrada da fortaleza, sendo hoje uma passagem obrigatória para todos que chegam na ilha. A partir do cais há uma ladeira íngreme e muitos jovens oferecem para carregar bagagens, porém é prudente negociar o preço antes para evitar aborrecimentos. 






Fonte Grande

A Fonte Grande construída em 1746 é um antigo sistema de captação da água para abastecimento do povoado. Não há nada de especial na fonte, exceto sua história. 

Contam que o Imperador D. Pedro II e a Marquesa banharam-se com a água fresca da fonte quando estiveram na cidade. Esse era o lugar onde antigamente as pessoas tomavam banho coletivo.

Após a fonte começa o caminho que leva à Praia Porto de Cima, conhecida por sua tranquilidade junto de árvores e mata nativa onde há poucas casas e pousadas. Embora esteja bem próxima ao centro, não há muito movimento. 


Nessa praia existe uma piscina natural que é perfeita para mergulhos rasos, mas durante a maré cheia as águas tomam conta da praia. Adiante está a Praia Ponta da Pedra que é um refúgio para quem gosta de paz e natureza. 






Farol do Morro

Do Farol no alto do Morro, que guia os velejadores desde 1855, tem-se um belo panorama das praias. Também é o lugar para quem gosta de curtir atividades cheias de emoção. 

A tiroleza localizada no Farol do Morro é um desafio para enfrentar uma descida até as águas da 1ª Praia, através de um cabo de 340 metros a 70 metros de altura.

O Bairro Mangaba também está no alto de um grande morro sendo acessado pela rua da Fonte Grande e uma longa escadaria com 188 degraus ou pela escadaria da 2ª Praia. 

O esforço para chegar lá encima compensa, pois do alto tem-se uma visão privilegiada das praias. O nome do bairro deve-se às muitas árvores do fruto Mangaba. No bairro está o Teatro do Morro onde acontecem festas e apresentações artísticas às quartas-feiras. 





Igreja N.S. da Luz

Um dos bairros mais populosos é a Vila Nossa Senhora da Luz, também chamada de Buraco do Cachorro. Nesse bairro estão concentrados antigos moradores e é um dos acessos que leva à Fonte do Céu, uma antiga cascata que chama atenção de quem faz trilhas por dentro da ilha. 

A Igreja Nossa Senhora da Luz foi construída em 1845. Seguindo pelo interior da ilha pode-se admirar o vasto jardim de Bromélias e a mata Atlântica. Várias trilhas passam por riachos de águas limpas e frias até chegar ao povoado do Galeão, que é bem simples mas muito acolhedor. Também é possível chegar nesse lugar através de barco. 





Igreja São Francisco Xavier


A principal atração do Galeão é a Igreja São Francisco Xavier. Estrategicamente construída em 1625 no alto do morro, é a igreja mais antiga do arquipélago que pode ser vista de longe para quem vem de Valença. 

Da igreja pode se avistar grande parte da costa ao seu redor. O horizonte se confunde com o céu em função da distância alcançada pela vasta elevação do morro. É espetacular ver o pôr do sol do alto.  





Gamboa

Entre o Galeão e a Vila Morro de São Paulo está Gamboa, um vilarejo de pescadores pouco frequentado por turistas, mas com excelente infra-estrutura. 

Em frente ao cais está a Igreja de Nossa Senhora da Penha e ao longo do dia os turistas que chegam de barcos vindos de Valença param na Praia da Gamboa para aproveitar o banho de mar e admirar o enorme paredão de argila. 

Dizem que a argila é ótima para a pele e cabelos, por isso na praia há muita gente lambuzada de argila. 





Falesias de argila da Gamboa


Além de restaurantes e hoteis, há várias barracas à beira mar onde é servida a comida típica da região feita pelas famílias dos pescadores que sabem oferecer boa hospitalidade. 

Muitas pessoas que moram na Gamboa trabalham nos hotéis de Morro de São Paulo. O trajeto de quase 3 km é feito a pé pela beira mar, passando pelas praias de Porto de Cima e Ponta da Pedra ou por trilhas no centro da ilha ou através de barcos que vem de Valença e passam pela Gamboa.

Uma trilha no alto do morro leva até a Fonte do Céu. É o lugar ideal para refrescar e descansar depois da longa caminhada. 

Além da Gamboa há pequenos povoados onde pode-se encontrar restaurantes e alojamentos, mas no restante só há praias desertas. Algumas vezes pode-se encontrar pescadores e marisqueiros que vendem seus produtos frescos retirados do mar. 





Garapuá

Para quem não gosta de agitação, Garapuá é a última praia escondida por morros e um imenso coqueiral, sendo um tesouro pouco conhecido do turismo. 

Praticamente deserta e com águas profundas, pequenas ondas se espreguiçam sobre a areia fina. Silenciosa, o sossego mora lá. Na vila de Garapuá há apenas três pousadas rústicas.  




 

Com ar bucólico, o charme de Garapuá é a rusticidade de suas ruas de terra com modestas casas e um pequeno comércio onde só recebem dinheiro. 

Aqui não circulam cartões de crédito ou cheques. O povo de Garapuá sobrevive da pesca e, por haver abundância de peixes, nos cardápios predominam os frutos do mar e uma saborosa comida caseira. 





Garapuá

Em alto mar surgem pequenas piscinas naturais com águas transparentes e uma rica vida marinha. Muitos vem a Garapuá para praticar esportes náuticos como windsurf e pesca.

O mergulho nas águas das piscinas naturais se faz junto a muitos peixinhos coloridos que cercam os visitantes. Os turistas também tem o privilégio de usufruir dos petiscos e bebidas servidos no bar flutuante.

Para chegar e descobrir os segredos desse recanto paradisíaco é preciso enfrentar as dificuldades de acesso, talvez seja por isso que Garapuá tenha se mantido incógnita. 

Os poucos turistas que circulam na praia chegam através dos barcos ou pela trilha de 12 km no meio da mata. As ruas de chão batido levam ao centrinho da cidade onde está a Capela de São Francisco de Assis, um dos monumentos históricos do arquipélago de Tinharé.





Garapuá



A pitoresca igrejinha é tradicionalmente enfeitada no último domingo de janeiro para homenagear o padroeiro. Durante as celebrações dedicadas a São Francisco de Assis a cidade se torna cheia de pessoas vindas de outras ilhas. 

E assim como na Terra Santa, a comunidade abre as portas de suas casas para recepcionar os peregrinos e oferecem várias delícias típicas do lugar.





Garapuá


Desde Garapuá até o final da ilha, um pequeno trecho de manguezais com várias trilhas dependem da maré. Esses são acessos milenares usados pelos antigos índios e hoje pelos marisqueiros que confundem a travessia para a Praia do Pontal que é a maior praia do arquipélago. 

Com 12 km de extensão, a Praia do Pontal é totalmente deserta com uma inclinação íngreme de areias grossas e soltas. O Rio do Inferno separa as ilhas de Tinharé e Boipeba, sendo a travessia  feita de barco.





Cairu

Cairu é uma das ilhas do arquipélago e a única que tem ligação com o continente através de uma ponte rodoviária. Apesar de ser uma ilha, em toda sua extensão há vastos manguezais e não há praias para banho de mar. 

Cairu não recebe muitos turistas, mesmo assim há pousadas e restaurantes. É a segunda cidade mais antiga do Brasil e em seu auge de riqueza emprestou dinheiro para a reconstrução de Lisboa em Portugal que foi destruída por um terremoto em 1755. 




 

Igreja e Convento de Santo Antonio

A grande atração de Cairu é a Igreja e Convento de Santo Antonio que preserva lindos afrescos nas paredes e móveis antigos. É um importante monumento arquitetônico da Ordem Franciscana e marco do Barroco brasileiro que incentivou o desenvolvimento da cidade. As ruas e os casarões antigos lembram muito as ruas e as casas do Pelourinho em Salvador. 





Boipeba 

Essa é uma das ilhas que conserva a atmosfera intocada de lugares isolados e onde a poluição do ar ainda não chegou. Com ar puro, em Boipeba pode-se caminhar por quilômetros de praias desertas e ter a sensação de ser o único visitante da ilha.  

São quase 20 km de praias paradisíacas e semidesertas, areia branca e vastos coqueirais com algumas pousadas e restaurantes bem simples, mas com muito aconchego e hospitalidade.

Rica em cores, ritmos e lendas, a ilha é rodeada por um lado pelo oceano e no outro pelo estuário do Rio do Inferno. Situada ao sul da Ilha de Tinharé, Boipeba foi no passado onde chegaram os primeiros jesuítas da Europa em 1537. 

O nome da ilha é uma corruptela da palavra tupi Mboi Pewa que significa cobra chata, uma referência às tartarugas marinhas que eram muito frequentes nas praias.






Praia Tassimirim

Até algum tempo Boipeba se mantinha incógnita, apesar de todo o fluxo turístico em Morro de São Paulo. Atualmente Boipeba tornou-se um precioso destino de turistas que procuram lindas paisagens, praias desertas e natureza exuberante, mas com o clima de um vilarejo perdido no mundo. 

Longe da agitação dos grandes centros, o local tem cenários extraordinários e encantadores.  Muitos turistas chegam a Boipeba vindo de barco diretamente de Valença ou pela trilha em jipes que saem de Morro de São Paulo. Na ilha há vários povoados como a Velha Boipeba, a Cova da Onça, a Ponta dos Castelhanos, Moreré e Monte Alegre. 





Praia das Pedrinhas


A Praia da Boca da Barra é a primeira praia de Boipeba onde o Rio do Inferno se encontra com o mar. Serve também como ponto de referência para as saídas dos passeios de barco e para a prática de esportes náuticos. 

Seguindo adiante surge a Praia do Outeiros, uma praia com areia de cascalho e ótimas pousadas à beira mar. No final há uma praia com variados e lindos tipos de pedras sendo chamada Praia das Pedrinhas. 

Mais adiante, a Praia de Tassimirim tem um extenso coqueiral sendo um dos principais pontos de desova da tartaruga marinha. É um excelente local para prática de mergulho onde sempre há pescadores mariscando polvos , lagostas e lambretas. Essa praia faz a divisa com a Praia da Cueira, por um trecho de Mata Atlântica onde o ar se confunde à natureza com aroma de oxigênio puro. 





Praia de Cue
ira


A Praia da Cueira, que já foi eleita uma das mais belas do Brasil, é separada por um morro da Praia de Moreré. Esta praia paradisíaca é um lugar para parar e pensar, amarrar a rede e relaxar na companhia da natureza. É uma praia numa enseada de águas tranquilas e piscinas naturais nos recifes de corais. 






Praia de Morerê


Na maré baixa surge um banco de areia que permite longas caminhadas pela praia. Para chegar à vila de pescadores de Moreré pode-se seguir pela praia durante a maré baixa ou caminhando por uma trilha desde a Velha Boipeba. 

Durante o verão há tratores que fazem o transporte, mas a melhor maneira para chegar a  Moreré é fretar uma lancha desde a Boca da Barra. 

Vale a pena provar as delícias feitas com os frutos do mar como camarões, polvos e lagostas que são abundantes nessa região. No final da praia chega-se à Praia do Bainema com vasto coqueiral e poucas casas de veraneio. 







Praia dos Castelhanos


A Ponta dos Castelhanos é uma praia deserta conhecida por sua extensão e por ser a última antes do imenso manguezal até chegar ao fim do Arquipélago. No fundo mar está os restos de um navio espanhol que naufragou na época do descobrimento do Brasil, daí veio o nome Ponta dos Castelhanos. 

Não há nada nas imediações a não ser as matas e o mar, que é excelente ponto de mergulho e desova de tartarugas marinhas. Seguindo pelo interior da ilha de Boipeba, as trilhas levam pela parte mais alta onde as paisagens são inesquecíveis.






Ituberá / Praia de Pratigi


A Praia de Pratigi faz parte da cidade de Ituberá, que está entre a Ilha de Boipeba e a Península de Barra Grande. Localizada no continente, a extensa praia é quase deserta e ocupada por fazendas de côco e dendê. 

Nesse ponto o mar é calmo e as ondas bem fracas, mas o acesso a essa praia é um muito complicado pois demanda inúmeras baldeações e de carro as estradas são ruins. 

Há apenas um camping onde no final do ano acontece o evento Universo paralelo, um festival trance que reúne muita gente jovem do Brasil e exterior amantes da música eletrônica, da arte psicodélica e da comunidade alternativa. O evento é tipo Woodstock, um movimento hippie dos anos 60, e o que conta é viver alguns dias em total liberdade. 

Nessa região também está a Cachoeira da Pancada Grande que pode ser acessada através de uma trilha, porém sem muitas indicações. A cachoeira também é chamada de Três Pancadas devido à queda d'água de 60 metros sobre três degraus de rocha, mas não é recomendada para cascating. 





Camamu 


Essa é uma das mais antigas cidades da época colonial. Situada à margem do rio Acaraí, é o porto de embarque para explorar as praias e as diversas ilhas da Baía de Camamu. Assim como Salvador, a cidade tem dois planos. 

Na cidade alta estão as antigas igrejas e casas coloniais, na cidade baixa está o porto e os comércios. Fundada em 1560 e sendo a maior o produtora de farinha de mandioca da região.

No passado a cidade de Camamu foi alvo de piratas e invasores. No princípio de 1600 a aldeia sofreu vários ataques dos holandeses e, para se proteger de novas invasões, a população obstruiu a passagem para o porto com pedras enormes que ficaram até hoje, obrigando os barcos a ziguezaguear no canal para atingir o porto. 






A Baía de Camamu é uma das maiores do Brasil tendo várias ilhas como a Ilha Grande, a Ilha da Pedra Furada, Ilha do Campinho, Ilha Sapinho e a Ilha do Goió e outras. 

Com ventos constantes e águas profundas e calmas, a Baía de Camamu oferece condições favoráveis para velejar e muitos pontos seguros para ancorar. 

Durante a temporada turística escunas organizam passeios para grupos levando a ilhas intocadas em meio a mata preservada e pequenos povoados que mantêm viva a cultura tradicional. 

A Ilha Grande é a maior da baia e a mais povoada. Possui um porto e várias praias com águas calmas e limpas sendo a ponta no norte da ilha um lugar paradisíaco. 






Ilha da Pedra Furada

Há várias trilhas, algumas casas e pousadas, mas não tem um único carro na ilha. A quase uma hora de Camamu está a Ilha da Pedra Furada. A ilha é pequena mas paradisíaca. Possui uma fonte natural, uma praia e um restaurante que serve comida típica. 





Ilha do Goió

As Ilhas do Campinho, Sapinho e do Goió estão mais próximas de Barra Grande. Com águas muito profundas cercada de recifes e com muitos peixes, é um dos melhores lugares para mergulhar.

Goió tem lindas praias desertas e nessa região também estão pequenos lugarejos como Barcelos do Sul, Tanque, Cajaíba, Âmbar, Ilha das Flores, Ilha Pequena. 





Maraú 


Maraú tem sua origem em uma aldeia de índios denominada Mayrahú. Acredita-se que a aldeia dos Mayras foi descoberta pelos frades capuchinos italianos, que ali ergueram a Igreja Católica de São Sebastião de Mayrahú em 1705. Essas terras também eram habitadas pelos ferozes índios Aymorés.







Barra Grande 

Esse é porto de entrada na península e o ponto de partida para muitas aventuras sobre um jipe 4x4 ou através de lanchas. Também há acesso pela trilha para quem vem de Itacaré em veículo 4x4. 

Voltada para a Baía de Camamu, a praia de Barra Grande é reta, com areias claras e águas calmas sendo ideais para crianças. Com muitas casas de casas de veraneio, pousadas, bares e restaurantes, há boa infraestrutura para turistas. 





Barra Grande

Em Barra Grande estão concentrados o maior número de bares e pousadas rústicas da península de Maraú mas também existe um luxuoso Eco-Resort num lugar paradisíaco, que esbanja requinte e sofisticação. 

Com bangalôs e suítes masters, spa, pista de pouso, gastronomia gourmet e outras atividades cercadas de muito luxo e conforto, é um paraíso exclusivo e reservado para quem deseja privacidade e atendimento vip.    






Barra Grande
- Ponta do Mutá


Saindo de Barra Grande, uma curta caminhada pela praia leva à Ponta do Mutá. Um farol marca a entrada da baía onde existia antigamente um forte português. A praia tem muitos coqueiros e belas rochas que afloram à superfície da água.





Ponta do Mutá


Logo adiante está Três Coqueiros que é uma praia de mar aberto com ondas fortes cercada por coqueirais. A praia é muito extensa e marcada por recifes que surgem da água na maré baixa, formando piscinas naturais. Esse é o início de uma sucessão de longas praias interligadas. 






Taipus de Fora 

É considerada uma das mais belas praias do Brasil. Com ondas fortes, a grande atração do lugar são as imensas piscinas naturais que se formam na maré baixa entre os recifes de corais que são ótimas para mergulho e observação da fauna submarina. A praia é cercada por coqueiros tendo várias casas de veraneio e cabanas de praia que servem bebidas e pratos regionais.







Em seguida vem a Praia de Cassange com ondas fracas e muitos coqueiros num lugar onde a areia é fofa. Está separada da Lagoa de Cassange por uma pequena faixa de areia onde muitos vão praticar esportes a vela. 

Do mirante tem-se uma extraordinária visão da lagoa e de parte da península. O mirante é chamado Morro do Celular porque há alguns anos só era possível falar ao celular subindo até o alto do morro.






A praia de Saquaíra compreende uma longa faixa de areia quase deserta com muitos coqueiros e mar de ondas fracas, que se estende pela Praia dos Algodões e Praia do Arandi. 

Somente alguns pescadores e poucos turistas aparecem nessas praias desertas, sendo ideal para quem busca sossego e privacidade ou para quem quer experimentar a sensação de ser um Robinson Crusoé, sozinho à beira-mar. 






A sucessão de fortes ondas marcam a entrada da Praia de Piracanga, que é a praia mais próxima da cidade de Maraú. 

A partir da Praia do Pontal há uma sucessão de morros e enseadas. Atravessando o Rio de Contas através da balsa, chega-se a Itacaré e Ilhéus que fazem parte da Costa do Cacau, igualmente linda e apaixonante.  






Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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