segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Torres, para quem curte praias e aventuras





Localizada no litoral do estado Rio Grande do Sul, a cidade de Torres reserva muitas surpresas para quem curte esportes radicais e belas praias. A grande extensão de areia e as águas cristalinas transformaram a cidade num dos destinos turísticos mais apreciados no sul do Brasil.






Lagoa do Violão: O centro da cidade é marcado pela Lagoa do Violão, que surgiu a partir do represamento das águas da restinga de praias. Com pista de caminhada em seu entorno e passeio de pedalinhos, a lagoa é um dos principais pontos de encontro de Torres. 






No meio de sua extensão há uma ponte de aproximadamente 200 metros que possibilita a travessia. Muito usada para esportes aquáticos, dizem que a lagoa tem esse nome por ter o formato de um violão. Outros dizem que o nome surgiu a partir das serestas que ali se realizavam, mas há ainda uma versão folclórica.

Conta-se que um navio naufragou e dele foi salvo apenas um português com o seu violão. Após sua recuperação, o rapaz passou a entoar canções que encantavam a todos na tribo. Foi assim que uma índia se apaixonou por ele. 

Porém os índios eram antropófagos e resolveram devorar o cantor, por pensar que seu talento passaria para os índios. A índia ficou desconsolada e com suas lágrimas alagou a região, formando uma lagoa em formato de violão.






Lendas à parte, nessa região viviam os índios Carijós, até que a partir do ano de 1500 as trilhas indígenas começaram a ser usadas por bandeirantes, que buscavam capturar os índios nativos para serem usados como escravos. 

Posteriormente esses caminhos se transformaram no principal elo de ligação entre o sul e o resto do Brasil. Devido aos portugueses que se instalaram na região, Torres se desenvolveu com forte influência portuguesa.





Construções antigas: Torres é uma cidade moderna, mas ainda mantém muito do seu passado. Antigamente a Rua Júlio de Castilhos era chamada Rua de Baixo. Essa foi a primeira via pública da pequena vila. 

Originada de um antigo caminho que ligava a lagoa à praia, resta ainda um antigo casario em estilo colonial português, construído com pedras extraídas do Morro do Farol, rejuntadas com barro e cal dos sambaquis. Segundo contam, a primeira casa da cidade surgiu em 1815, tendo recebido o Imperador Dom Pedro I.

A atual Rua José Antônio Picoral, que no passado era chamada de Rua de Cima, foi a segunda via pública criada na cidade. Em 1910 havia muito movimento nessa rua, que reunia vendedores ambulantes, pescadores, vendedores de latas de água, flores e utensílios variados. 

Nessa rua encontrava-se a moradia de José Antônio Picoral e o Hotel Picoral. Daí vem seu nome, que presta homenagem ao antigo morador. Todas essas informações antigas podem ser conferidas na Casa de Cultura, onde há exposições históricas. 

Pelas fotografias antigas pode-se ver a evolução da cidade, bem como admirar o acervo histórico que reúne muitas peças antigas, como rádios, telefones, móveis, vitrolas, moedas, utensílios domésticos, livros e materiais produzidos por índios. 






Quadrado do Picoral : O desenvolvimento turístico de Torres teve início nas primeiras décadas do século 20, sendo um de seus marcos a presença do Hotel Picoral, empreendimento que teve início em 1915. 

Entre as décadas de 1910 e 1940, onde hoje se encontra a Praça Pinheiro Machado existiam vários chalés organizados em um quadrado. Esse conjunto de chalés foi o primeiro grande empreendimento turístico realizado por iniciativa de José Antonio Picoral, um dos pioneiros no ramo de hospedagem. 

E assim, em apenas duas décadas, Torres se transformou de pequena vila em grande polo turístico. Mesmo após sua demolição em 1945, a população ainda se referia à área por seu nome antigo: Quadrado do Picoral.







Igreja São Domingos: Concluída em 1824, essa igreja é um modelo da arte colonial portuguesa e encanta por sua graciosidade. Sua construção em estilo barroco simples, possui uma única torre construída em 1898. Restaurada recentemente, em seu interior existem imagens de grande valor histórico doadas por Dom Pedro I.

Foi reconhecida em 1837, sendo a igreja mais antiga do litoral nordeste do Estado e a primeira a ser erguida em toda a distância que se estende entre as cidades de Laguna e Osório. 

Em frente à igreja está a Rua Padre Lamônaco, que no passado era conhecida como Rua do Fogo. Dizem que esse nome se originou do trabalho dos profissionais que recolhiam mexilhão nas praias e que de madrugada ferviam a pesca em latões em frente à igreja.






Praça 15 de novembro: A praça data da década de 90, tendo um coreto cuja arquitetura lembra as obras de 1880/1900. O modelo francês lembra o país que ditava a moda arquitetônica da época. Local de manifestações politicas e culturais da cidade, é também o ponto de partida da carruagem que percorre a cidade levando turistas.

Ícone do turismo mundial, essa é uma das atrações de Torres. Típica do século 18 e copiada de um modelo de Viena, ela encanta ao remeter ao passado e a um mundo aristocrático. 

Mesmo não sendo um nobre, quem passeia nela tem seus momentos de fama, pois a carruagem atrai olhares e os flashes disparam. Além da atmosfera de sonho e de conto de fadas, o passeio permite uma visão diferente da cidade.







Praias: Torres tem muitos passeios, mas bom mesmo é conhecer o litoral e as praias. Passando pela Casa do Turista na Av. Rio Branco é possível ter todas as informações turísticas da região. 

Com seu cenário único da costa brasileira, Torres teve seu nome derivado de três grandes rochedos de origem vulcânica que afloram à beira-mar. Com alturas entre 25 e 30 metros, calcula-se que essas rochas sejam do período jurássico e tenham 140 milhões de anos. 

O conjunto de paredões de pedra forma um verdadeiro forte natural entre o Oceano Atlântico e o continente. São eles o Morro do Farol, o Morro das Furnas e o Morro da Guarita.







Torre Norte ou Morro do Farol: A primeira é a Torre Norte, mais conhecida como Morro do Farol. Seu nome teve origem na construção do primeiro farol em 1911, que objetivava a sinalização para os navegantes. 

Porém a construção se perdeu. O segundo farol construído em 1927 ruiu durante uma tempestade. Por isso em 1952 o terceiro farol foi construído ao pé do morro e ao lado do mar.







O farol atual foi construído em 1970. Possui 18 metros de altura e acende de 8 em 8 segundos, sendo visto em noites claras a uma distância de 8 milhas marítimas ou 12 Km. O chapadão mais elevado tem cerca de 600 metros de largura e sua altitude superior 46 metros e meio. 

O local é ideal para se avistar as belezas naturais da cidade. De lá pode-se ver todas as praias, as torres, dunas e serras. Ao final do dia proporciona em momentos de rara beleza quando pode-se admirar um por do sol deslumbrante.







Praia Grande: Junto ao Morro do Farol está a Praia Grande, que é a mais urbanizada da região. Com ondas calmas e maré tranquila, é a preferida pelos turistas. 

Com extensão de 2.000 metros e ótima estrutura, é também onde são realizados eventos esportivos e shows a céu aberto no verão. Em alguns pontos há dunas que separam a praia da avenida à beira mar.


Prainha ou Praia do Meio: Depois da  Praia Grande vem a Praia do Meio. Também conhecida como Prainha, é considerada bela e relaxante, porém suas águas são perigosas para banhos de mar. 

Tem apenas 600 metros de extensão, mas por ter o fundo rochoso que dá boa formação para as ondas, é bastante frequentada por surfistas. Devido às pedras, é preciso ter cuidado para entrar e sair do mar.







Praia dos Molhes : Situada na junção do rio Mampituba com o mar, a praia tem areia grossa e dourada. Devido à sua proximidade com o rio, no passado essa praia não era liberada para banho. 

Porém hoje tornou-se um dos pontos turísticos mais frequentados. Com água muito cristalina, essa praia é caracterizada por sua grande escadaria e muitos bares, além de algumas zonas rochosas que aparecem entre as marés.

De um lado os molhes são muito utilizados pelos pescadores; do outro lado pelos surfistas. Aliás, perto dessa praia existe um monumento dedicado ao surfista, que é o único da América Latina que presta este tipo de homenagem. 

Construído em concreto, representa um surfista pegando onda. Em Torres são disputadas diversas competições de surf, incluindo o Circuito que foi eleito o melhor do estado.







Rio Mampituba: Torres está numa das margens do rio Mampituba, em cujas águas desembarcou em 1531 o navegador Lopes de Souza, marcando o limite entre as duas capitanias meridionais da América Portuguesa. De um lado está o estado de Santa Catarina; do outro o Rio Grande do Sul.

No passado esse foi um ponto estratégico, que permitia o trânsito para o extremo sul de jesuítas, índios e bandeirantes. Os molhes foram construídos entre 1968/1970 para fixação da foz do rio e para facilitar a saída de barcos pesqueiros. 

Hoje do delta do rio, com entrada pelos molhes, partem embarcações que levam turistas para passear pelas praias de Torres até a Ilha dos Lobos, onde se pode observar os leões marinhos durante o ano.







Ilha dos Lobos:  É a única ilha marítima do Rio Grande do Sul, tendo esse nome por ser frequentada por lobos e leões marinhos entre os meses de julho e novembro, que é a temporada de acasalamento desses animais. De março a setembro as baleias, golfinhos e gaivotas fazem festa no litoral de Torres.

A Ilha dos Lobos tem formação de origem vulcânica, provavelmente a mesma que formou as torres. Localizada a cerca de 1.800 metros da preamar, é um refúgio para a vida silvestre. Por isso em seu entorno é proibida qualquer atividade de pesca, desembarque ou prática esportiva.







Torre do Meio ou Morro das Furnas: A Torre do Meio é, por sua extensão, a mais importante das torres. Também conhecida por Morro das Furnas, a trilha que atravessa por cima do platô é uma ótima opção de caminhada. Descendo pelas escadarias, é possível visualizar por baixo dos penhascos. Algumas das escadas são bastante íngremes.








Com um grande paredão de rocha viva caindo diretamente sobre o mar, ali pode-se observar algumas grutas naturais, as ditas furnas. Uma delas é o popular Canhãozinho, um buraco na pedra junto ao nível da água, onde a maré provoca estampidos. Daí vem seu nome. A trilha de subida dá acesso a outras furnas: Furnas do Diamante, Furna do Cristal e Furna Grande.







Do alto pode-se avistar as Furnas da Garagem e o acesso às Furnas Inacabadas através da chamada Pontezinha. 
No topo do Morro das Furnas, próximo a Lagoinha dos Suspiros fica o Capitel, um ambiente que convida a oração diante de uma vista linda.

Diante de tantos morros, muitas pessoas se sentem motivadas para praticar escalar ou praticar rapel. Porém devido ao perigo de desmoronamento, no Morro do Farol está proibido. De qualquer forma, seja qual for o morro, é importante ter bons equipamentos e um instrutor experiente que conheça o local.






Praia da Cal : Localizada junto ao Morro das Furnas e com uma extensão de 800 metros, a Praia da Cal é a preferida pelos surfistas. Nela há muitas opções de bares e restaurantes, é onde se pode apreciar o melhor da culinária local. 

Antigamente era uma praia somente de pescadores, tendo começado a receber veranistas a partir de 1942. Na época era conhecida como a Praia das Furnas, por estar entre o Morro do Farol e o Morro das Furnas. 

Passou a ser chamada Praia da Cal em 1940, devido aos vários fornos de torrefação de conchas, caramujos e mariscos para a fabricação de cal mineral para produtos químicos.

Em frente à praia há uma pracinha onde existe uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira dos pescadores e marinheiros, cujo culto foi trazido pelos portugueses. 

Chamada Iemanjá - a rainha do mar nas religiões afro-brasileiras, é tradicionalmente homenageada em 02 de fevereiro. No local há uma vertente de água cristalina que sai da rocha do Morro do Farol. 







Torre Sul ou Morro da Guarita: Situado no Parque da Guarita, a Torre Sul ou Morro da Guarita possui um grande paredão de frente para o mar. Uma escadaria com mais de 100 degraus leva até o topo, de onde se pode desfrutar de uma exuberante vista das praias Guarita e Itapeva. Também é possível admirar o Morro do Meio, as dunas e a cidade.

Com cerca de 350 hectares de área, o Parque da Guarita reúne a Praia da Guarita, outros morros e fragmentos de mata nativa. Seu nome teve origem num posto fiscal criado para controlar a passagem, que logo foi transformado numa Guarita Militar em 1776. A construção do Forte de São Diogo em 1777 tinha a função de controlar as disputas entre castelhanos e portugueses.

Segundo especialistas, o relevo à beira-mar marca o início da Serra Geral, uma formação geológica de rochas magmáticas relacionadas a derramamentos de lava vulcânica que ocorreram há milhões de anos. Acredita-se que, antes da separação dos continentes, essa área era unida à região onde hoje fica a cidade de Etendeka, na Namíbia - África.








Na torre da Guarita é possível observar bem as diferenças entre as rochas da praia. Na parte superior, ficam os blocos de basalto e embaixo, o arenito, já bem desgastado e esculpido pela própria ação do mar e do vento. A força das águas também abriu caminhos em forma de grutas por entre as pedras, as cavernas conhecidas como furnas.

Porém essas torres não são resultado apenas da ação da natureza. No final do século 19, durante o governo de Deodoro da Fonseca, um projeto portuário foi designado para esta área. 

As rochas foram explodidas, sendo ainda possível perceber as marcas das dinamitações. Sem os morros, a ideia seria chamar a cidade de Deodorópolis, em homenagem ao então presidente da República.

A obra acabou sendo transferida para Rio Grande, mas as pedras partidas espalhadas pelas explosões até hoje fazem parte da paisagem da Praia da Guarita. 

Algumas tem formato radial, que lembram estrelas. Outras conservam o espaço onde foi colocada a banana de dinamite. Felizmente Torres manteve seus morros e paredões rochosos que, além da beleza, fazem parte de um rico ecossistema.







Paraglider/ Balonismo: Dos morros partem os voos duplos de paraglider, com pouso no próprio morro ou no gramado da Prainha. Basta se encher de coragem e curtir a bela paisagem de Torres.

Também é possível experimentar a emoção de voar num balão para apreciar as belas paisagens de Torres. A cidade tem pilotos habilitados que realizam passeios turísticos. O voo sai do Parque de balonismo e leva aproximadamente 1 hora.

Torres é considerada a capital brasileira do balonismo, isso porque há 21 anos é realizado em Torres o Festival Internacional de Balonismo. A cada ano entre o final de abril ou início de maio, dezenas de balões colorem o céu e transformam a cidade numa festa. O próximo festival está previsto para 27 de abril a 1º de maio 2018.







Parque da Guarita: O parque da Guarita foi criado em 1971, tendo jardins criados pelo famoso paisagista Burle Marx. O objetivo era proteger todo o cenário ali existente, de grande valor ambiental e paisagístico. Tendo uma bela mata nativa, é o local preferido para fazer caminhadas ao entardecer e apreciar o por do sol, porém as trilhas devem ser agendadas.

São sete trilhas oferecidas gratuitamente ao visitante: Lagoinha, Torre de Fora, Itapeva, Horto, Banhados, Vento Norte e dos Lagos. As trilhas acontecem com saídas do Pórtico de Entrada. Quem visitar o local recebe um material gráfico com informações sobre o local.







Praia da Guarita: Localizada dentro do Parque da Guarita, é considerada a praia mais bela de Torres. A enseada está encrustrada entre falésias e cercada pelos morros das Furnas e da Guarita, porém suas águas cristalinas são muito agitadas. Por isso é muito apreciada pelos surfistas e praticantes de esportes marítimos.







Praia da Itapeva: Após o Parque da Guarita tem início a Praia de Itapeva. Muito extensa e com águas cristalinas, a praia tem o mesmo nome do Morro de Itapeva, que em tupi significa "Pedra chata". 

Por ser uma praia aberta, a prática de surf depende muito dos fatores climaticos, mas sempre rolam boas ondas. É a única praia da cidade que permite o acesso de carro.

O Parque do Itapeva possui 1.000 hectares de área protegida. Foi criado em 2002 com o objetivo de preservar ecossistemas e as diversas espécies da fauna e flora, assim como promover atividades de pesquisa científica, educação ambiental e turismo ecológico. No parque existem dunas, campos secos e alagados, como a grande mata formada sobre solos úmidos.

Entre figueiras, orquídeas e bromélias, há também muitos répteis raros, como as lagartixas-das-dunas e outros animais como o mico-prego e as várias espécies de cuícas. 

Nos últimos 5.000 anos, a interação entre o mar, o vento, a areia e a vegetação, deu origem às dunas costeiras que se estendem por 600 km no litoral gaúcho. As dunas dentro do Parque da Itapeva são muito procuradas para a prática de Sand bord.







Castelo de Torres: Quem quiser experimentar uma atmosfera de conto de fadas, não pode perder uma visita ao castelo maçônico. Situado nas proximidades do Parque Itapeva, no Km 84 da Estrada do Mar, não é aberto à visitação mas é um excelente local para fazer fotos.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Brasília, a capital do Brasil






Brasília é uma cidade linda. Repleta de memoriais e monumentos, ela impressiona por sua arquitetura moderna e ousada. Fundada na década de 1960 pelo ex-presidente Juscelino Kubitscheck, a cidade possui alguns dos cartões postais arquitetônicos mais bonitos do país, com obras assinadas pelo lendário arquiteto Oscar Niemeyer.

O turismo cívico, cultural e arquitetônico é o ponto alto de Brasília, que permite conhecer as curvas simples e geniais das obras de Niemeyer e do urbanista Lúcio Costa, a beleza dos jardins de Burle Marx, os vitrais de Mariane Peretti e as muitas obras de arte de artistas, como Athos Bulcão e Alfredo Ceschiatti.







Niemeyer buscou a criação de formas claras, leves, simples, livres, nobres e belas, sem considerar apenas seu aspecto funcional. Aproveitando o Lago Paranoá, Brasília foi elaborada com formato de um avião pousando no planalto central. 

Além do eixo central, de um lado está a Asa Sul e Lago Sul. Do outro está a Asa Norte e Lago Norte. A Asa Sul e a Asa Norte compõem o Plano Piloto de Brasília, onde estão os melhores shoppings centers, comércio, restaurantes, boates e hotéis de luxo.

Toda a capital foi planejada e dividida em setores, quadras e algumas subdivisões, tal como os Setores de habitações, o Setor dos Ministérios, Setor da Embaixadas, Setor hoteleiro, Setor bancário, Setor de Garagens e Oficinas, Setor Militar etc. 

Se por um lado essa organização permite encontrar facilmente empreendimentos numa mesma região, por outro, dependendo do lugar onde estiver, exige um longo deslocamento.

Inaugurada ainda incompleta em 1960, Brasília foi concebida para ser um exemplo de ordem e eficiência urbana, com uma proposta de vida moderna e otimista, incluindo um modelo de convivência harmoniosa e integrada entre todas as classes. 

Porém, na prática, importantes distorções e adaptações interferiram em sua proposta idealista, o que permitiu um crescimento desordenado e segregou as classes baixas para a periferia, consagrando o Plano Piloto para o uso e habitação das elites.





Praça Três Poderes


As ruas, avenidas e quadras são identificadas por números e letras, tudo seguindo uma ordem, porém pode parecer um pouco confuso para os turistas. Mas pode se tornar fácil quando se tem um ponto de referência, como a Esplanada e as grandes praças de Brasília.

No início da Esplanada está a Praça dos Três Poderes, que é um dos pontos mais visitados pelos turistas que desejam conhecer a arquitetura e história de Brasília. Ali encontra-se o Mastro da Bandeira Nacional, que tem a maior bandeira do mundo hasteada permanentemente e a Pira da Pátria, uma construção que abriga no topo uma tocha permanentemente acesa.





Panteão da Praça Três Poderes

O Marco Brasília, uma escultura de Oscar Niemeyer, foi feito para celebrar a indicação de Brasília pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Também faz parte da praça o Panteão da Pátria e da Liberdade, um memorial fúnebre para homenagear a história dos heróis da pátria.

Desenhado por Niemeyer, o Panteão tem uma arquitetura moderna que simboliza a Pomba da Paz e apresenta uma coleção permanente, além do Mural da Liberdade, do Painel da Inconfidência Mineira e um vitral de Marianne Peretti.





Museu Histórico Nacional

Na praça também está o Museu Histórico de Brasília, que tem na fachada a escultura da cabeça do ex-presidente Juscelino Kubitscheck. 

O museu mostra o traço marcante de Oscar Niemeyer e tem por objetivo preservar os trabalhos relativos à história da construção de Brasília. 

É o museu mais antigo da capital. Inaugurado em 1960,  o evento marcou a transferência oficial da capital do Rio de Janeiro para Brasília.






Congresso nacional

O que chama mais atenção na Praça dos Três poderes são as sedes dos três poderes do Estado: o Palácio do Planalto (poder Executivo), o Congresso Nacional (poder Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (poder Judiciário).

Símbolo de Brasília, o Congresso Nacional com seus 28 andares é o prédio mais alto de Brasília. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e chamado oficialmente de Palácio Nereu Ramos, o prédio é a sede do poder legislativo de onde partem as deliberações da Câmara dos Deputados e do Senado.






No teto a cúpula côncava, virada para baixo, transmite a ideia de ponderação. Ali está o plenário do Senado Federal. 

Ao lado dela fica a cúpula convexa, aquela virada para cima, num esforço para representar uma casa mais aberta, disposta a receber todas as ideias e ideologias do povo brasileiro. Ela guarda a Câmara dos Deputados.

Ainda que tudo por ali na prática seja bem diferente, onde ponderação e mente aberta sejam raras, o simbolismo pensado por Oscar Niemeyer é inspirador. 

Nos blocos funcionam as atividades administrativas. A entrada do Salão Negro já dá uma ideia de como é a divisão por ali. À esquerda está a portaria do Senado Federal e à direita a da Câmara dos Deputados.





Congresso Nacional / Salão Verde 

O Salão Verde dá acesso aos plenários e tem esse nome por conta do carpete verde em toda a área. Esse é um local onde geralmente são realizadas as entrevistas, que é repleto de obras de artistas como Di Cavalcanti e Alfredo Ceschiatti entre outros.





Plenário do Senado


O Senado tem 81 senadores, três que representam cada estado brasileiro. O número maior de congressistas forçou a criação de anexos e prédios para a instalação dos gabinetes. Por isso há um Congresso subterrâneo, ligado por túneis que passam por baixo do Eixo Monumental.

O "Túnel do Tempo" liga o Palácio do Congresso ao Anexo 2, onde estão mais gabinetes dos parlamentares, algumas comissões e a TV e Rádio do Senado. Murais com fatos importantes da história do poder legislativo brasileiro decoram o túnel.





Plenário da Câmara dos Deputados


O número de deputados é proporcional ao número de habitantes de cada estado, porém na época da construção do Congresso havia muito menos. Hoje são 513 deputados e há somente 396 cadeiras. Por isso nas votações mais importantes, quando todos os deputados estão em plenário, muitos permanecem em pé.

O melhor dia para a visita de turistas no Congresso é nos finais de semana, quando não há expediente e pode-se entrar de bermuda e camiseta. Porém nos dias de expediente parlamentar é preciso usar um traje mais formal. Em ocasiões especiais pode ser exigido que homens usem terno e gravata.





Palácio do Planalto


Em um dos lados da Praça dos Três Poderes está Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, de onde o Presidente da República comanda e representa o país. Inaugurado em 1960, a arquitetura do prédio chama a atenção pelos pilares que o contornam, porém o Palácio não recebe visitação pública.

O acesso é feito pela famosa rampa, onde há uma guarda permanente. No primeiro andar estão as salas nobres de audiências e salões de banquetes. No segundo andar fica o gabinete do Presidente e no terceiro, os gabinetes Civil e Militar.

Nos anexos está uma biblioteca com mais de 33.000 exemplares, importantes obras de arte e mobiliário de alta categoria, alguns do século 18. À frente do palácio na área externa há um espelho d’água onde podem ser vistas carpas japonesas.





Palácio do Planalto


No amplo espaço da praça encontram-se diversas esculturas, como a dos "Dois Candangos", que é um símbolo da cidade e representam os trabalhadores que construíram Brasília.  

A praça também dá acesso para o Espaço Lúcio Costa, onde existe uma Maquete Tátil destinada aos deficientes visuais, além de uma coleção de projetos do arquiteto e fotografias históricas da cidade.

Ao final da tarde de todas as sextas-feiras realiza-se a cerimônia de arriamento da bandeira com a presença de bandas e Dragões da Independência, um belo evento que pode ser assistido por quem estiver na cidade.






Supremo Tribunal Federal


Do outro lado da praça está o Supremo Tribunal Federal - STF, de onde partem as decisões dos ministros do Supremo, última instância por onde passam os processos judiciais. À frente do prédio, de olhos vendados, a escultura em bronze "A Justiça" recepciona os visitantes. 

Inspirada na deusa grega Têmis, a obra de Alfredo Ceschiatti de 1975 simboliza a imparcialidade que deve pautar o magistrado: fazer justiça sem olhar a quem.

Distribuído pelo edifício, o acervo é composto por quadros, esculturas, bustos, móveis, louças, objetos pessoais dos ministros e peças históricas, como os originais das Constituições Brasileiras, incluindo a do Império que estabeleceu em 1824 a criação do Supremo Tribunal de Justiça. Também impressiona o antigo mobiliário trazido da antiga Corte no Rio de Janeiro, que faz parte do Museu da Corte.





Supremo Tribunal Federal


No plenário se reúnem os ministros da Corte, para a sagrada missão de zelar pelo cumprimento da Constituição Brasileira. 

A bancada principal com três lugares é reservada para o presidente, o procurador-geral da República e o secretário. Nas duas bancadas laterais há 10 lugares para os ministros, que tomam assento por ordem de antiguidade e a tribuna para o advogado.

Na parede os pequenos nichos triangulares e exatamente iguais, foram escavados no painel de mármore pelo artista plástico Athos Bulcão, que simboliza a regra de que todos os homens são iguais. 

No nicho maior, no centro de parede, foi colocado o Cristo Crucificado, de Alfredo Ceschiatti, simbolizando a única exceção acima da lei e dos homens: Deus.





Palácio da Alvorada


Nas imediações da Praça dos Três Poderes, está o Palácio da Alvorada, que é a residência oficial do Presidente da República. É uma das construções mais importantes do modernismo arquitetônico de Brasília projetado por Niemeyer. Localizado na ponta da Península da Alvorada à margem do Lago Paranoá, um extenso gramado separa o público do palácio.





Palácio da Alvorada


O Palácio da Alvorada foi a primeira construção em alvenaria da capital, possuindo na fachada grandes colunas de concreto em forma de curva, que é um dos símbolos da cidade. Ao lado do palácio está a bela capela e o heliporto.

Revestido de mármore, as cortinas de vidro proporcionam uma certa integração entre espaço interior e exterior. À frente um espelho d'água, que reflete a imagem do edifício, cria um espaço virtual infinito. No meio a escultura "As banhistas" de Alfredo Ceschiatti parece flutuar à superfície da água.






Interior do Palácio da Alvorada


Visitas guiadas são possíveis ao interior do palácio. O prédio tem três andares: subsolo, térreo e primeiro andar. No andar acima está o apartamento presidencial composto por quatro suítes, dois apartamentos e outros quartos privados. No subsolo fica a administração do palácio, cozinha, lavanderia, despensa e almoxarifado.





Interior do Palácio da Alvorada


No andar térreo fica a ala social, onde estão os salões governamentais usados pela presidência para recepções oficiais. É composto pelo hall de entrada, sala de espera, sala de jantar, sala nobre, sala de música, sala de banquetes, sala de Estado, uma biblioteca com mais de 3.000 obras literárias e o mezanino, que é uma área de circulação.





Interior do Palácio da Alvorada


O acervo artístico do palácio reúne diversas tapeçarias e obras de arte de artistas consagrados brasileiros. No hall de entrada tem destaque um muro de ouro com uma frase do presidente Kubitschek: 

" Deste planalto central, esta vasta solidão que em breve se tornará o centro das decisões nacionais, volto a olhar para o futuro do meu país e prever esta aurora com uma fé inabalável em seu grande destino " (Juscelino Kubitschek, 2 de outubro de 1956).





Palácio do Jaburu


Outra residência oficial é o Palácio do Jaburu, que é destinado para o Vice-Presidente da República. O Palácio recebeu o nome por estar ao lado da Lagoa do Jaburu e ao lado do Lago Paranoá. Localizado ao longo da Via Presidencial, entre os Palácios do Planalto e da Alvorada, o palácio tem o formato de uma residência comum.





Palácio do Jaburu


Em seu jardim, projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, foram cuidadosamente mantidas várias espécies de árvores típicas do cerrado original, que hoje se misturam às fruteiras e às plantas ornamentais trazidas de outras regiões do País.

A tranquilidade do lugar ajuda a transformá-lo em um viveiro natural de pássaros, que acabaram por misturar-se às emas que circulam, com absoluta liberdade, pela imensa área gramada.




Procuradoria Geral da República


Tribunal de Contas da União


Tribunal Superior do Trabalho


Tribunal Superior Eleitoral



Tribunal Superior de Justiça
Outros prédios Públicos

Nas proximidades da Praça dos Três Poderes também estão outros órgãos públicos, como os belos prédios da Procuradoria Geral da República, do Tribunal Superior do Trabalho, do Tribunal Superior Eleitoral, do STJ - Superior Tribunal de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, do TCU - Tribunal de Contas da União e a Câmara dos Deputados.






Esplanada dos Ministérios





Esplanada dos Ministérios


A Esplanada é um vasto gramado ladeado por 17 prédios iguais, nos quais funcionam os 24 ministérios do Poder Executivo. Junto aos ministérios estão seus prédios anexos e os prédios das embaixadas de diversos países.
 




Palácio da Justiça




Palácio do Itamaraty / Palácio da Justiça

Junto aos prédios dos ministérios encontram-se o Palácio do Itamaraty de um lado e o Palácio da Justiça do outro, cuja fachada possui cascatas de água que desaguam nos espelhos d'água. 

O Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, devido à sua fachada também é conhecido como Palácio dos Arcos. Foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 1970, tendo o maior hall sem colunas do mundo, com área de 2800 metros quadrados.

Em seu interior há belos painéis de artistas nacionais e estrangeiros. O paisagismo interno e externo é de Roberto Burle Marx. Em frente ao palácio, sobre o espelho d'água, encontra-se a escultura "Meteoro" desenhada por Bruno Giorgi. Atualmente três edifícios compõem o complexo do Ministério: o Palácio, o Anexo I e o Anexo II, conhecido popularmente como "Bolo de Noiva".






Praça do Buriti


Na Praça do Buriti, localizada no Eixo Monumental, encontra-se de um lado o Palácio do Buriti e do outro lado o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o Fórum e a Assembleia Legislativa do DF, que fazem parte da Administração Municipal.

Inaugurado em 1969, o Palácio do Buriti teve seu nome derivado da planta Buriti, que é um símbolo de Brasília e que foi plantada na praça em frente ao Palácio. 

À frente do palácio existe também uma réplica da Loba Romana, uma obra que foi oferecida a Brasília pela cidade de Roma, como um presente à sua inauguração. Porém desde 2007 o Governo do Estado não utiliza mais o espaço, já que o Centro Administrativo mudou para a cidade de Taguatinga.

Junto ao Fórum, o Memorial do Tribunal de Justiça foi inaugurado em 2010 em comemoração ao cinquentenário do TJDFT. Nele estão preservados livros, fotos, peças e processos históricos, além de 16 painéis interativos que narram a história da Justiça desde sua origem até os dias atuais. No espaço são realizados eventos culturais, como exposições de obras de arte e lançamentos de livros entre outros.





Praça do Cruzeiro/Memorial JK


Seguindo o Eixo Monumental chega-se à Praça do Cruzeiro, onde está o Memorial dedicado ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. Localizado em um dos pontos mais altos de Brasília, o memorial foi construído no espaço onde foi celebrada a 1ª missa em Brasília, antes mesmo da inauguração da Capital.

O projeto de Niemeyer inaugurado em 1981 tornou-se um museu, onde encontram-se os restos mortais de JK, diversos pertences, sua biblioteca pessoal, muitas fotos, seu casaco, a faixa presidencial usada por ele e o último carro usado pelo ex-presidente.  No banco da praça existe uma escultura do ex-presidente com sua esposa .





Memorial dos Povos Indígenas


Nas imediações também encontra-se o Memorial dos Povos Indígenas, que foi construído em 1987 por Oscar Niemeyer em forma de espiral, inspirado numa maloca redonda dos índios Yanomami.

Com o objetivo de mostrar a diversidade e riqueza da cultura indígena, vários eventos são realizados nesse local. 

No acervo há peças que representam diversas tribos existentes no Brasil.como a arte plumária dos Urubu-Kaapor, os bancos de madeira aados Yawalapiti, Kuikuro e Juruna, máscaras e instrumentos musicais de tribos do Amazonas e Alto Xingu.





Praça dos Cristais




Comando Militar e Quartel do Exército

Praça dos Cristais

Um pouco distante do centro da cidade encontra-se a Praça dos Cristais, que marca a entrada do Comando Militar e do Quartel Geral do Exército. Localizada  ao final do Eixo Monumental no Setor Militar, as construções impressionam pela modernidade de suas formas.





Teatro Pedro Calmon




Catedral Militar Rainha da Paz


À frente dos prédios está o moderno Teatro Pedro Calmon, que tem no sagão uma exposição permanente do acervo militar. Também no setor militar está a Catedral Militar Rainha da Paz, que teve sua pedra fundamental abençoada pelo Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil em 1991. A catedral em formato triangular teve seu projeto inspirado numa barraca de campanha.





Oratório do Soldado


Faz parte do Setor Militar a Paróquia Militar do Oratório do Soldado, que foi inaugurada em 1974. A construção é circular, apoiada em pórticos de concreto e cercada por um grande espelho d'água e uma passarela. Junto à paróquia existe uma pequena gruta de Nossa Senhora de Lourdes.
 




Santuário Mãe e Rainha


Brasília tem inúmeras igrejas católicas, evangélicas e outros templos espalhados por toda cidade. Um deles é o Santuário Mãe e Rainha Três vezes Admirável de Schoenstatt. Situado no Lago Norte, o pequeno local de oração atrai muitos devotos.

A devoção a Nossa Senhora de Schoenstatt surgiu em 1914, quando o padre José Kentenich, ao fazer uma palestra aos alunos do Seminário em Schoenstatt na Alemanha, fez um convite para rezarem para que a capelinha da Congregação se tornasse um santuário de graças e que se espalhasse por todo o mundo. 

Schoenstatt, que significa Belo Lugar, é uma região às margens do Rio Reno. No Brasil é mais conhecida como “Mãe e Rainha”. Réplicas dessa capelinha percorrem as casas dos fiéis e muitos têm sido os relatos de graças recebidas pelos que as recebem em seus lares ou peregrinam aos santuários dedicados à Nossa Senhora de Schoenstatt, que então se espalharam pelo mundo inteiro. 





Santuário Dom Bosco




Santuário Dom Bosco


Dentre os santuários tem destaque o maravilhoso Santuário Dom Bosco. Com paredes formadas por colunas altas entremeadas por vitrais com 12 tonalidades de azul pontilhado de branco, tem-se a sensação de estar sob um céu estrelado. Mesmo quando o sol se põe, a iluminação continua sendo o maior atrativo.

No meio do teto paira um majestoso lustre feito na Itália com quase 7500 pequenas peças de vidro Isso destaca o altar de mármore rosa e o crucifixo de 8 metros esculpido em um único tronco de cedro. Por todo o Santuário Dom Bosco existem obras de arte, como os relevos em cobre nas 12 portas do templo. Entalhados em mármore, eles contam o sonho de São João Belchior Bosco.

Em 30 de agosto de 1883, o italiano Dom Bosco sonhou com uma viagem pela América do Sul e profetizou a criação de Brasília. Exatamente entre os paralelos 15°/20° - latitude sul, ele viu uma enseada bastante extensa que partia do ponto onde se formava um lago. Ouviu, então, uma voz: Quando se escavarem essas minas escondidas em meio a esses montes, aparecerá aqui a terra prometida. Nesse lugar se construiu Brasília.





Ermida Dom Bosco


Outra local dedicado a Dom Bosco é a pequena capela que tem a forma de uma pirâmide de base inclinada. Revestida em mármore branco, a capela tem uma cruz metálica no topo. Localizada do outro lado do Lago Paranoá, a capelinha foi construída sobre uma plataforma. O mirante oferece uma bela vista para o lago e na parte mais baixa uma extensa área gramada serve para o lazer das pessoas.

Inaugurada em 1957, do local tem-se uma vista privilegiada do Palácio da Alvorada, de todo Plano Piloto, do Eixo Monumental e da Esplanada dos Ministérios. Sua localização não é aleatória. Ela está no ponto de passagem do paralelo 15º, com o qual Dom Bosco teria sonhado em 1883. 

Com o passar dos anos, tornou-se também um dos lugares preferidos pelos brasilienses para divertir, visto que o lugar fica às margens do Lago Paranoá. Lá as pessoas podem andar de skate, bicicleta, nadar no lago, praticar slackline dente outros.






Catedral Metropolitana


Há muitas construções lindas em Brasília, porém, nada se compara à Catedral Metropolitana. Localizada no Eixo Monumental, a catedral foi o primeiro monumento iniciado em Brasília. 

Devido à complexidade do projeto, sua construção demorou 12 anos e só foi inaugurada em 1970. A Torre do Campanário tem 20 metros de altura e quatro sinos, que foram doados pelo governo da Espanha.

Ao lado do complexo, em forma de ovo, está o Batistério onde são realizados os batismos. A construção é cercada por um espelho d’água de 40 centímetros de profundidade e do qual as colunas parecem nascer. 

Na entrada há quatro evangelistas medindo 3 metros de altura que foram feitos por Alfredo Cheschiatti. Na verdade a igreja está a 3 metros abaixo do nível do solo, ou seja, tudo que você vê em seu exterior é apenas a cobertura de 40 metros de altura.





Catedral Metropolitana




Catedral Metropolitana


Por fora, a impressão é de que os vidros são negros, mas é só adentrar a catedral que tudo se ilumina. Culpa dos vitrais em vários tons de azul, verde e branco da artista Marianne Peretti e dos três anjos, obras de Alfredo Ceschiatti que pairam no ar, suspensos por cabos de aço. Também existe uma réplica da escultura Pietà, de Michelangelo.





Museu Nacional




Biblioteca Nacional

Museu Nacional / Biblioteca / Teatro


Próximo da Catedral está o Museu da Cidade, o Complexo Cultural e a Biblioteca Nacional, que impressionam não só pela arquitetura mas também por seu acervo. Além de ser um espaço para exposição itinerantes, no museu acontecem palestras e outros eventos culturais.









Interior do Teatro Claudio Santoro


Há também outros museus, como o Museu da Caixa Econômica que preserva a memória da instituição e o Museu Postal e Telegrafo. Do outro lado da Esplanada está o belo Teatro Claudio Santoro, que foi inaugurado em 1966. Construído na forma de uma pirâmide irregular, em seu interior há 3 salas de espetáculos.  





Centro de Convenções Ulisses Guimarães


Outro lugar destinado a eventos culturais é o Centro de Convenções Ulisses Guimarães, que possui cinco auditórios e diversas salas moduláveis. Situado bem no centro, o Centro de Convenções é um dos espaços mais modernos do Brasil, podendo receber até 9.000 pessoas simultaneamente. Também dispõe de cafeterias e camarins.





Universidade de Brasília




Universidade de Brasília


Outra construção muito interessante é a Universidade de Brasília. Situada no Lago Norte, o campus universitário existe desde 1962 tendo se tornado uma das principais referências acadêmicas do país. Resultado do sonho e do trabalho de educadores como Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, a UNB oferece diversos cursos distribuídos em vários campos.





Complexo Poliesportivo Ayrton Senna 


O Plano Piloto de Brasília tem um sentido norte-sul e o Eixo monumental no sentido leste-oeste, onde encontram-se a rodoviária, a torre de televisão, os setores de diversão, o Planetário e o Setor Esportivo, hoje denominado Complexo Poliesportivo Ayrton Senna, e onde estão o Ginásio Nilson Nelson, o Estádio Mané Garrincha e o Autódromo Nelson Piquet.





Estádio Mané Garrincha





Autódromo Nelson Piquet


O Estádio Nacional de Brasília, também conhecido como Estádio Mané Garrincha, foi inaugurado em 1974 e reformado por ocasião da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014. 

Com capacidade para receber um público de mais 70.000 pessoas, tornou-se o segundo maior estádio do Brasil e um dos maiores das Américas. No ginásio ao lado há sempre eventos culturais e esportivos, assim como grandes shows artísticos.





Torre de transmissão e mirante

Quase ao final do eixo monumental encontra-se a torre de transmissão, que tem 244 metros de altura e é a quarta estrutura mais alta do Brasil. Símbolo da capital, é uma das poucas construções importantes de Brasília que não foi uma criação do arquiteto Oscar Niemeyer. 

Por sua localização privilegiada no centro da capital, na torre há um mirante a 75 metros de altura com capacidade para 150 pessoas. Na base da torre funciona uma feira e o Museu das Gemas. 








À sua frente encontra-se a escultura "Era Espacial" de Alexandre Wakenwith. Junto à torre encontra-se a Fonte Luminosa, com 80 metros de diâmetro e 2.000 bicos ejetores de água, sendo uma das dez maiores do mundo. 

O jato principal chega a 50 metros de altura. Há um projeto para incluir no local um jardim com diversos canteiros ornamentais e árvores típicas do cerrado.






Torre de tv digital


Em Brasília há também a Torre de Tv Digital, que foi apelidada de "Flor do Cerrado" devido à sua forma. Esse foi o último projeto de Oscar Niemeyer edificado e inaugurado em 2012, quando a cidade celebrou 52 anos de existência.

Com 180 metros de altura e mais a estrutura metálica onde estão fixadas as antenas, a torre possui duas cúpulas de vidro: uma a 60 metros de altura e a outra a 80 metros de altura. Localizada do outro lado do Lago Paranoá, fora da cidade, o espaço aberto à visitação é o mirante a 110 metros de altura.








O mirante possibilita uma bela vista 360º do Planalto Central. Do alto pode-se ver o Lago Paranoá, a Ponte JK, os Lagos Sul e Norte, o Plano Piloto e várias outras regiões do DF. A visitação à torre é gratuita e ocorre apenas nos finais de semana.

No início da rampa de acesso forma-se a fila de visitantes, que sobem em grupo de 27 pessoas. Chegando no mirante, o grupo tem 8 minutos para curtir o visual. Atualmente as cúpulas estão fechadas para visitação. Abaixo da torre há uma lojinha de artesanato e uma pequena lanchonete.






Lago Paranoá


Além de ser um dos mais bonitos cenários de Brasília, o Lago Paranoá é também uma das opções de lazer preferidas pelos brasilienses. 

Criado a partir das águas do Rio Paranoá que foram represadas, o lago artificial foi concretizado para aumentar a umidade em suas proximidades. 







O Lago Paranoá funciona como uma praia para os brasilienses, tendo as praias artificiais Prainha e o Piscinão do Lago Norte.

Atualmente, mais do que nunca, os esportes derivados do surf tem ganhado força e atraído os jovens da cidade. Mesmo sendo um lago artificial, vale a visita, principalmente, em um belo dia de sol para aliviar o ar seco da capital. 

O local conta ainda com quadra de vôlei e futevôlei. Em toda orla do lago existem clubes que oferecem a prática de vela, windsurf, kitesurf, caiaque, bem como vários bares e restaurantes.






Ponte JK


Sobre o lago, ligando o Plano Piloto ao Lago Sul, está a Ponte JK. Inaugurada em 2002, a Ponte JK virou ícone de Brasília pela sua imponência e engenhosidade. A quantidade de aço utilizada na ponte é duas vezes maior que utilizaram na construção da Torre Eiffel.

Com 1200 metros de extensão e formada por três arcos metálicos que se intercalam por cima das pistas, a posição intercalada dos arcos representa o movimento de uma pedra quicando sobre a água. Um exemplo de arrojo arquitetônico que faz jus ao espírito de mudança que foi o marco da construção de Brasília.





Pontão do Lago Sul

Quem busca diversão encontra no Pontão do Lago Sul o melhor lugar, que é considerado um dos maiores centros de entretenimento e diversão da capital. Contando com parquinhos, quiosques, feiras, shows, eventos esportivos, bares e restaurantes, esse centro de lazer às margens do Lago Paranoá é um dos locais muito visitado por turistas.

No Lago Sul estão elegantes shoppings Centers, o setor de belas mansões e o Aeroporto. É também na Asa Sul que estão todos os restaurantes, próximos uns aos outros, mais especificamente na quadra comercial 405. Para um clima mais praiano, o Pontão do Lago Sul e a orla da Ponte JK são boas pedidas. Lá se encontram bares e restaurantes, como o bar da Mormaii e o Mangai, especializado em cozinha nordestina.






Parques da cidade


As opções de parques em Brasília são muitas. Entre todos, alguns tem mais destaque por serem mais frequentados. Logicamente os passeios são mais agradáveis em dias de sol. O Parque da Cidade é um parque multiuso localizado na Asa Sul. Fundado em 1978, o parque tem 4,2 km².

Trata-se de um dos principais e mais extensos centros de lazer ao ar livre da cidade, concentrando quadras de esportes, lagos artificiais, parque de diversões, centro hípico e pistas de caminhada, patinação e ciclismo. Dentro do parque está um o parque recreativo Ana Lidia, com diversos brinquedos para as crianças.






Jardim Botânico


Outros são o Parque Ecológico Burle Marx, o Parque Nacional e o Parque Olhos d'Agua no Lago Norte, o Jardim Botânico e o Parque Ecológico do outro lado do Lago Paranoá. 

Localizado no Setor de Mansões Dom Bosco, o Jardim Botânico é um lugar para pedalar, caminhar, contemplar os jardins e orquidário, fazer um piquenique, tomar um café da manhã no Bistrô, admirar o cerrado pelo mirante do espaço Cerratenses ou visitar a Biblioteca da Natureza.





Zoólogico

Inaugurado em 1985 é o terceiro maior do Brasil, sendo o mais representativo do Bioma Cerrado. Há também o Jardim Zoológico situado na Avenida das Nações.


Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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